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Propaganda e intoxicaçom como soluçom

Un artigo de Xosé María García no blog de Cos pés na Terra

Agosto -mês de vacaçons por excelência- e trás umha cortina de fume em forma de polémica arredor dum hipotético adianto eleitoral, esse foi o momento escolhido polo governo galego para aprovar um Plano de Aqüicultura desenhado ao gosto das empresas, à marge de qualquer critério de sustentabilidade ambiental e frente a um forte rejeitamento social.

Que a sustentabilidade ecológica nom está, nem de longe, no centro da política institucional galega (nem do governo nem da oposiçom) é óbvio, mas nos tempos que correm fica bem dar a todo um verniz verde e fazer ver que se fai. Sabe-no bem os nossos governantes, todos (fijo-o o PP, fa-no PSOE e BNG), como tamém o sabem todas essas empresas que amosam mais preocupaçom “polos filhos dos nossos filhos” quanto maior é a destruçom ambiental e social que geram.

A pesar das datas e o contexto, afectados e ecologistas, integrados na sua maioria na Rede Galiza Non Se Vende, estivérom presentes em Sam Caetano a amosar o seu rejeitamento à possível aprovaçom do destrutivo Plano.

Os nossos políticos profissionais -em permanente campanha eleitoral e entregados ao mais ruím tacticismo- temem, e muito, a movimentos como GNSV, já o demonstrárom co galho das passadas eleiçons municipais e o voltam fazer agora, coas autonómicas à vista. O presidente da Junta nom demorou em se tirar umhas fotos em Sálvora declarando que “Galicia non se vende” (noutros tempos non mui lonjanos o PP falava de “Galicia, máis que nunca”, e já antes Fraga fazia cousas como inaugurar fervenças…). Mentres o BNG, ainda que hostil a GNSV, tenta mais umha vez utilizar as mobilizaçons ecologistas contra o seu sócio de governo, querendo fazer ver que a cousa nom vai com el.

E os meios de comunicaçom nom iam ser menos. La Voz de Galicia, paladim das empresas de aqüicultura -e mui especialmente de Pescanova-, soma-se à estratégia do BNG (e tampouco é a primeira vez que o fai) para a utilizar no benefício dos seus senhores. Segundo este jornal, que silência a GNSV e ignora aos colectivos de afectados, a oposiçom ao Plano Aqüícola é apenas cousa do BNG e o seu contorno, do que seica fai parte Verdegaia.

O avanço da insustentabilidade ecológica e a injustiça social vai em ocasions ligado à ignoráncia ou ao nom saber fazer. Nom é este o caso. Governos e empresas, co apoio dumha cidadania que prefere fazer como que nom vé, estám empenhados num processo destrutivo a escala global que avança superando umbrais de nom retorno. Fa-no mesmo com má consciência, fa-no sabendo que nom deve ser assi e, com má fé, procuram ocultá-lo com propaganda verde e intoxicaçom. E nós? Imos seguir a crer a propaganda? Imos seguir a nos deixar intoxicar? Imos continuar a repetir que nom hai alternativa? A nos autoenganar com respeito às nossas responsabilidades?

Xosé Maria Garcia

One Comment

  1. A crise ecológiga nom é causada pola natureza humana, o industrialismo o desenvolvimento económico ou a modernidade “per se”. Também nom se defende uma volta ao primitivismo nem nada que se lhe asemelhe. A raiz do problema som as relaçoes de produçom capitalistas na su fase presente de forte descomposiçom global.
    Vede esta apresentaçom do ecologista de essquerdas John Bellamy Foster, paga a pena: http://www.slideshare.net/ratbagradio/ecology-against-capitalism-presentation?src=embed

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